segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Cinco dias de sagração: batalhas entre fantasmas e realidades



Humberto B. Leal


            Nos tempos de Salazar e da Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), Antônio Marques de Campos se livra da perseguição política fugindo de Portugal e deixando para trás não apenas sua identidade, mas também a mulher com quem pretendia viver – Maria Elvira, carinhosamente chamada de Nininha. Torna-se Eduardo da Cunha Júnior em Tânger e embarca sozinho, em Dakar, para o Brasil, onde conhece e se casa com uma fotógrafa de nome Miriam, mãe do seu filho, Eduardo da Cunha Neto.
            Eduardo, ex-Antônio, constrói sua nova vida no Brasil, primeiro no Rio de Janeiro, depois em Belo Horizonte. Mas o que vem à tona é um destino cujas estruturas são acossadas permanentemente. O passado resiste dentro dele, como algo não resolvido, e irrompe constantemente não apenas como lembranças aflitivas – o seu primeiro encontro com Nininha no Porto, em março de 1953; a quarta-feira em Poçais em que a PIDE lhe entregou a contrafé; o ronco do avião do aeroporto de Dakar no dia de sua partida em 1957; e tantas outras recordações –, mas também como fantasmas que o perturbam em forma de cantos de galos: “Os galos cantaram pela primeira vez nos meus ouvidos na penúltima véspera de Natal. [...] Estava na cama, lendo [...] Os galos cantaram de repente, no meio da leitura, como se houvesse uma capoeira dentro dos meus ouvidos” (p.16, 17).
            Nascido e criado na serra do Gerês, região norte de Portugal, Eduardo gosta da mudança do Rio de Janeiro para a montanhosa Belo Horizonte, onde se embrenha nas matas e picadas da serra do Curral. É que, num domingo de Carnaval, estando Miriam e o filho no Rio de Janeiro, decide rever Nininha. Entretanto, é uma decisão que não vinga e que se dilui em sua fraqueza para decidir. Somente meses depois, isso se torna realidade, após receber ultimato de Miriam: “Por que você não vai logo a Portugal e resolve de uma vez esse seu amor encrencado, hem? [...] Se é por causa do dinheiro, eu arrumo com papai, pode deixar” (p.55). está um exemplo da força das personagens femininas de Cunha Leiradella e de certa pusilanimidade dos seus protagonistas masculinos.
            Este romance visceralmente humano, contado do quinto para o primeiro dia, em tempo narrativo que inverte qualquer linearidade romanesca, ambienta-se em grande parte no regime do autoritarismo político de Salazar e se estrutura numa tríade de pusilanimidade masculina, força feminina e fantasmagoria da má-fé.
            Os protagonistas de Cinco Dias de Sagração são homens fracos, se comparados com as personagens femininas. Dessa fraqueza masculina, no entanto, é que emergem os dilemas, os impasses, as indecisões e toda a substância do romance. Afirme-se, em favor desses homens, que talvez sem essa debilidade não houvesse drama transformado em relato literário. São eles, os heróis tíbios de Cunha de Leiradella, que expressam o humano na intensidade das contradições, nas imprecisões da vontade e do desejo, nos fracassos da vida concreta, nos ideais que jamais perdem sua condição abstrata. Sem eles, a força feminina jamais poderia ser ressaltada. Tomemos como exemplos dessa tibieza os personagens Carlos Manuel, João Miguel e Eduardo.
            Carlos Manuel, irmão de Nininha, é o grande companheiro de Tónio, o Antônio que ainda não se transformou em Eduardo. Ele é quem incentiva o jovem vindo da serra do Gerês para estudar medicina no Porto a escrever sobre política e atacar o regime salazarista no pasquim Primeiro de Dezembro. Os dois se inspiram no tio de Carlos Manuel que, ex-prisioneiro do sistema de Salazar, aparenta o dobro da idade – “Aos trinta e cinco anos [...] magro, curvado, o cabelo todo branco e com ataques de tosse estrebuchantes, andava pelos corredores da casa da irmã como um fantasma” (p.204). O Quixote lusitano. O modelo de coragem a ser imitado. Mesmo sendo um Aquiles derrotado.
            O tio de Carlos Manuel é o herói desventurado. O que resistiu ao ambiente de censura e propaganda do regime salazarista. O que foi destroçado na Fortaleza de Peniche. O que esteve no inferno e retornou vivo para contar que “fizeram de mim gato e sapato, até cabos de vassoura no cu me enfiaram [...]” (p.205). Apesar disso, esse homem desvela o país para o sobrinho e seu amigo Tónio, lhes transmite verdades, disseca a hipocrisia e o cinismo de Portugal. Por isso ele é a exemplaridade para os jovens que detestam Salazar e se inspiram na causa comunista. É Antônio, o escritor e não mais o estudante de medicina, o panfletário e não mais o ingênuo da aldeia católica da serra do Gerês, quem diz
Eu não sabia nada de Portugal. Na minha aldeia, o velho padre Júlio dizia todos os domingos nos sermões que Salazar protegia Portugal das guerras e das fomes e que a mãe de Deus protegia Salazar. Por isso todos deviam rezar e jejuar e pedir a Deus que Salazar durasse sempre, para que os comunistas não arrasassem Portugal. E todos rezavam e jejuavam, e o velho padre Júlio sorria e abençoava todos nós. Na minha aldeia não havia rádio nem luz elétrica, e o único jornal que chegava era o informe mensal do arcebispo.
No Porto, eu não ia mais à missa nem me confessava todas as sextas-feiras, mas os jornais e as rádios diziam a mesma coisa. Se Portugal não tinha fome nem guerra, é porque Salazar velava dia e noite no palácio do governo e a Virgem de Fátima orava por todos nós. E os noticiários que passavam nos cinemas provavam isso. As pessoas riam e cantavam e agitavam milhares de bandeirinhas, sempre que Salazar aparecia.
Eu não sabia que Portugal tinha medo e que as pessoas eram obrigadas a rir e a cantar e a agitar bandeirinhas. Até encontrar Carlos Manuel e o tio, o meu mundo era a minha solidão, cultivada na Rua do Bonjardim, e o meu cinismo, escorrendo bílis nas calçadas da Rua Chã.
            Carlos Manuel, em 1951, de cabelo louro cortado rente e usando calça curta, aproxima-se de Tónio, no Café Palladium, com um pacote de livros debaixo do braço e o Primeiro de Dezembro, então quatro folhas de papel almaço sem pauta, manuscritas. os dois se conhecem. E também Carlos Manuel tenta convencer o poeta Tónio a escrever e a distribuir o pasquim. Assim começam uma amizade férrea e a tremenda aventura de escrever contra Salazar.
Anos depois, mais precisamente em março de 1957, no entanto, Carlos Manuel se casa com Rosa, que não gosta de Tónio e Nininha. Aliás, Rosa, filha de um alfarrabista da Rua do Almada, opinava que o Primeiro de Dezembro era uma piada e tempo perdido de escrita, porque ninguém o lia. Tónio e Nininha retribuem a antipatia de Rosa, também não gostam dela e tentam abrir os olhos de Carlos Manuel. Por influência de Rosa, o pasquim perde força de argumentação, seus artigos parecem escritos mais a favor do que contra a ditadura salazarista. Todos os esforços de Tónio e Nininha contra Rosa se mostram inúteis. Mesmo quando Carlos Manuel ousa enfrentar Rosa, tem de recuar, porque ela está grávida dele. Acabam se casando. E, em agosto de 1957, Rosa denuncia Tónio à PIDE. Não satisfeita, anos depois, a mulher delata o próprio marido, que é preso em 1964 e mantido incomunicável até 1970; ao retornar para casa, “parecia um velho. O cabelo estava todo branco, não tinha os dentes da frente, e mais parecia um tísico” (p.46)
            Veja-se também o caso de João Miguel, o companheiro de Nininha. Depois que ela retorna a Lisboa, não havendo conseguido tomar o avião em Dakar com Tónio, por causa de uma questão burocrática, é João Miguel, tempos depois, quem a acolhe e quem se torna a companhia dela. Um dia, ele dorme na casa de Nininha e de não sai mais. Não se casam. Juntam-se. E vivem sob as condições estabelecidas por Nininha. Ele nada cobra dela, contenta-se com a sua presença, mais nada. Tanto é que, na noite em que Eduardo, ex-Antônio, retorna a Portugal e se encontra com Nininha, João Miguel os segue de longe até o restaurante e chega a sentar-se numa mesa próxima, pagando a conta do jantar. Um homem generoso e compreensivo? Ou um frouxo que acedeu à vontade de Nininha de ciceronear Eduardo em sua estada em Portugal e de levá-lo até mesmo para dentro do quarto do casal, onde ela conserva lembranças da juventude e de Tónio?
            Antônio ou Eduardo – o caso mais emblemático de fraqueza das personagens masculinas de Cunha Leiradella em Cinco Dias de Sagração – é o homem que jamais decide. Pusilanimidade e má-fé. Seu retorno a Portugal para rever Nininha ocorre graças ao estímulo de Miriam, que praticamente o obriga a viajar e a resolver a questão do “amor encrencado”. Aliás, ao retornar a Portugal, reencontra Nininha e nada resolve. confirma seu espírito de indecisão. Este é seu destino: permanecer no impasse. Por quê?
            Podem ser comentadas, dentre outras, três passagens do romance que bem demonstram essa fraqueza de Antônio ou Eduardo. A primeira delas, sua melancólica experiência militar na Índia Portuguesa, como alferes miliciano da arma de artilharia antiaérea. Encarregado de comandar um grupo de quinze homens e de ocupar um posto militar em Polorá, uma pequena aldeia situada num vale entre montanhas, demonstra firmeza inicial ao se opor às ordens do agente Lourosa, representante da PIDE, e ao assumir de fato o comando de sua tropa. Chega a apontar a metralhadora no peito do agente, para fazer valer sua vontade. Mas, logo em seguida, talvez devido ao fato de discordar da política colonialista portuguesa e porque sua personalidade seja pouco dada a coisas como comando de tropa, ele abdica de suas responsabilidades e as delega ao sargento Cardoso. O agente Lourosa, por exemplo, é assassinado por um dos soldados, e uma tramoia é engendrada pelo sargento Cardoso, sob o consentimento do alferes, para distorcer o fato: dá-se a morte do agente por picada de cobra e se permite a fuga do assassino. Tudo em nome da “verdade ideológica” contrária ao regime e ao colonialismo português. Ao fim e ao cabo, Tónio, a este respeito, diz que
A minha carreira militar não me honrou, não honrou a Índia, nem honrou Portugal. Terminou, simplesmente. Sem nenhum ato de bravura, sem medalhas e sem depressões psicológicas. Prosaicamente atacado de beribéri, deixei Polorá na madrugada do dia 27 de novembro de 1956 e desembarquei em Lisboa como tenente. [...]
Dei baixa no quartel de Espinho no dia 14 de março de 1957, e naquela noite tomei a minha quarta e última grande bebedeira militar. (p.168)
            Outra passagem que demonstra a fraqueza de Tónio é sua fuga para o Brasil, desde o instante em que recebe a contrafé de um agente da PIDE ao momento em que, deixando para trás Nininha, parte sozinho de Dakar para o Brasil. O medo de ser destroçado nos porões da Fortaleza de Peniche – jamais Tónio ousaria ser o herói desventurado que foi o tio de Carlos Manuel, aquele que visitou o inferno e de retornou para inspirar os jovens a panfletar contra Salazar – o leva a fugir de Portugal, com Nininha, em agosto de 1957, via Tânger.
            Os dois entram em Tânger com suas identidades: Maria Elvira Vieira de Matos e Cunha; e Antônio Marques de Campos; ela, natural do Porto, freguesia da Cedofeita; ele, da vila de Terras de Bouro, freguesia de Covide. Pouco tempo depois, recebem um jornal e um aviso de Carlos Manuel. Não podem mais regressar a Portugal. Havia uma ordem de prisão contra o “perigoso agitador profissional e membro do chamado partido comunista português” Antônio Marques de Campos. O mensageiro faz a entrega de uma Carta de Chamada, selada e autenticada, em nome de Eduardo da Cunha Júnior, natural da cidade do Porto, freguesia de Massarelos, contratado para atuar no comércio e auxiliar de balcão numa sapataria na cidade do Rio de Janeiro. Desse modo, morria o Tónio, e nascia o Eduardo.
            Mas, e quanto à Nininha? Faltava-lhe a Carta de Chamada, documento sem o qual não poderia acompanhar Tónio, quer dizer, Eduardo, ao Brasil. Mesmo assim, ele raspa a barba e o bigode, corta o cabelo à escovinha, troca a identidade, utiliza passaporte falso e a Carta de Chamada. Os dois deixam Tânger e vão para Dakar, onde tentam obter a documentação que falta para Nininha. Um mês de tentativas em vão.
            Tónio não se arrisca. Não fica em Dakar por Nininha. Prefere fugir e, quem sabe, do Brasil, obter e enviar-lhe uma Carta de Chamada. Mas como?
Despedi-me de Nininha. Abraçamo-nos em silêncio, no meio das pessoas que passavam. Nininha pegou o meu rosto com ambas as mãos e olhou-me nos olhos, fixamente.
Nunca me esqueças. Eu nunca te esquecerei.
Foram as únicas palavras que me disse naquele dia e as últimas que lhe escutei. Beijei-a.
Nunca te esquecerei, Nininha. Juro.
Deixei-a junto da porta e corri para o avião. Ela ficou isolada, imóvel, com as mãos cruzadas no peito e os olhos parados e secos. Pendurada no pescoço, a medalha da Virgem de Guadalupe. Voltei-me e acenei-lhe. Ela não respondeu. Parecia uma estátua quebrada, jogada num canto de jardim. Entrei no avião e não olhei pela janela. Não valia a pena. Nenhum de nós podia fazer nada. Recostei-me no assento e fechei os olhos. E enquanto o avião corria pela pista, desejei ardentemente que Salazar morresse logo. Ou então eu. (p.203)
            Covardia bruta. Abandona a mulher simplesmente e apenas nota que ela “parecia uma estátua quebrada, jogada num canto de jardim”. Incapaz de modificar a situação, ele entra no avião e não olha pela janela, porquenão valia a pena”. Para ele, nenhum dos dois podia fazer nada. Ora, Nininha está fazendo o que lhe é possível, ou seja, espera dele uma atitude resoluta de homem: que ele retorne e assuma o destino ao lado dela, quaisquer que sejam as ameaças, os perigos. Mas Tónio, agora Eduardo, resigna-se a recostar-se no assento e a fechar os olhos. O avião corre pela pista, e o máximo que consegue sentir é desejar ardentemente a morte de Salazar, ou a sua própria morte. Nada mais covarde do que isso.
            Que importa a Eduardo o fato de que Nininha terá de enfrentar a PIDE em seu retorno a Lisboa?
            Quando o avião desaparece no horizonte, levando para longe seu amor covarde, Nininha sabe que precisa enfrentar a vida fática. Nada é tão real quanto regressar a Lisboa e confrontar-se com os agentes de Salazar. Que terá a dizer a eles? Como se safará e, sobretudo, como protegerá o seu amante poltrão? Assim se manifesta a força das personagens femininas de Leiradella, exatamente no contraste com a covardia dos homens.
Nininha recebe dinheiro de um primo para regressar a Lisboa após sair de Dakar. Este primo a livra da PIDE e se torna seu confidente, tomando conhecimento inclusive dos seus segredos com Tónio. Nininha escreve a Tónio no Brasil, contando-lhe tudo. Tónio, agora Eduardo, tem crises de ciúme. Nininha pede ao primo que escreva a Tónio. E o primo o faz, como bom amigo de Nininha, dizendo a Tónio que Nininha sente um enorme vazio. Aliás, vazio este que nada mais era que a ausência de Tónio. Dá-se então que o inseguro e enciumado Tónio manda a Nininha uma carta de rompimento:
Maria Elvira, que ele preenche o vazio que tu tens, fica com ele. O meu vazio ficará comigo. Infelizmente, não tenho quem o preencha. Adeus. Eduardo. (EX-TÓNIO). (p.271)

            A força das personagens femininas. A fraqueza das personagens masculinas.

porque foste tu a partir, pensaste que tu tinhas o direito de sentir a solidão.
Passou as mãos pelo rosto. Acendi um cigarro.
Escuta...
Ela olhou-me.
Não é verdade isso, Eduardo?
Puxei uma tragada.
Eu tinha vinte e três anos, Nininha. E tava muito . Sem ninguém que me amparasse.
Nininha abriu a minha mão em cima da mesa e colou a palma da mão dela na minha.
Eduardo, quando tu tinhas vinte e três anos, eu tinha vinte e dois. E também estava . E continuo até hoje.
Fechei os olhos em volta da mão dela. Ela abanou a cabeça.
Escrevi-te dezenas de cartas e pedi a ele que te escrevesse. Escreveu-te e tu nunca respondeste. Nem às minhas cartas nem às dele.
Apertei a mão dela com força e puxei uma tragada.
Nininha, que adianta isso agora? Eu vim a Portugal pra dizer que ainda gosto de você.
Ela tirou a mão num gesto seco e pegou o maço de cigarros.
Eu penso que tu nem isso sabes.
Acendeu um cigarro e abanou a cabeça.
Tu não mudaste mesmo nada, Eduardo. (p.272, 273)
            Cunha de Leiradella, com rara habilidade, consegue extrair dos contrastes dos seus personagens de Cinco Dias de Sagração a vida tal qual ela é. Neste romance, a linguagem está a serviço da vida, jamais para atender a uma lógica ou teoria literária. Todas as falas exprimem desejos, frustrações, vazios, contradições, enfim a crua humanidade. Nada está fora do lugar, exatamente porque tudo está desordenado. Igual ao mundo da vida.
o autor, em contrapartida, pode explicar a má-fé tão presente em Eduardo, ex-Tónio – entendida a “má-fécomo incapacidade do sujeito de assumir seu destino, de tomar as rédeas de sua existência. Ao invés de comprometer-se com suas possibilidades, o herói de Leiradella deixa-se cair no abismo das indecisões e dos medos. Não enfrenta as realidades, prefere o convívio dos fantasmas. Situa-se permanentemente cindido entre o que deseja ser e o que não tem coragem de ser.
Tem-se a impressão de que Cunha de Leiradella escreve também para se salvar dos seus fantasmas ou de seusgalos que cantam como se houvesse uma capoeira dentro dos ouvidos”. Fantasmas e realidades se confrontam nesse grande espetáculo que é a literatura. A ambos o escritor concede o privilégio da palavra para que sejam do jeito que são e, assim, possam viver simplesmente e sem mais assustar ninguém.
Cinco Dias de Sagração é esta reconciliação de fantasmas e realidades.


Referências Bibliográficas

LEIRADELLA, Cunha de. Cinco Dias de Sagração. Rio de Janeiro: Record, 1993, 287p.



    

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